CONTEXTUALIZANDO
1.
Como a música – a composição musical, é entendida e
tratada nos currículos das universidades e conservatórios?
·
Concepção de música que prevalece – origem
histórica conhecida, relacionando-se com a musicologia na Europa (Alemanha), do
século XIX;
·
Esse meio acadêmico + estética do Romantismo +
divulgação literária e artística dos países europeus = tradição clássica ð
“herança musical universal” ð experiência musical x ensino formal;
·
É importante considerar os outros tipos de
música na educação formal?
2.
Como vemos a composição musical?
·
Na cultura dos cursos de música ð
a atenção sobre o produto acabado;
·
Paradigma: privilegiar um repertório de “grandes
obras”, assinadas por “grandes mestres”;
·
O estudo dos processos de criar música ð
condicionado as disciplinas de um curso de composição, ou as disciplinas
introdutórias ou de interesse geral – contraponto, harmonia e análise –
exclusão da criação;
·
Pode a prática da composição permear os estudos
musicais, conectando esses estudos?
ALGUMAS POSSIBILIDADES PARA A PRÁTICA SISTEMÁTICA DE COMPOSIÇÃO,
APLICADA ÀS VÁRIAS DISCIPLINAS DO CURRÍCULO E COM REFERÊNCIA EM DIVERSOS TIPOS DE
MÚSICA
·
Compor regularmente – sejam frases, seções ou
músicas completas, fazendo uso dos conteúdos que estão sendo pesquisados;
·
Conectar diferentes áreas de estudo pelas
composições de estudantes: possibilita verificar os resultados do aprendizado
em mais de uma situação musical;
·
Constante relação entre educação musical e
contexto cultural geral em que ela
acontece – gera a participação criativa do estudante como um elemento motriz de
sua formação – ‘músicas’ de contornos flexíveis e locais;
·
Desmistificar o estudo de música e a prática da
composição – uma perspectiva equiparada, não hierárquica, das músicas – este
enfoque envolve pesquisa, crítica e intercâmbio, tanto para estudantes, como
para professores.
* SILVA,
José Alberto Salgado e. A composição
como prática regular em cursos de música. DEBATES, nº 4. Cadernos do
Programa de Pós-Graduação em Música do Centro de Letras e Artes da Unirio.
P.95-108.
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